quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

SILENT HILL!

Escrito e editado por: Edu-jb

Gênero: Survival Horror
Plataforma: Playstation
Ano de Lançamento: 1999
Produtora: Konami

Revisão: Após a popularização do gênero de terror com Resident Evil, a Konami resolveu também entrar no clima e produzir seu próprio Survival Horror. Assim, em 1999 nasceu Silent Hill. No entanto, diferente de Resident Evil, Silent Hill apresentava uma temática mais séria e obscura, “inaugurando” o gênero de terror psicológico nos videogames. Silent Hill é inspirado em uma série de filmes deste gênero, principalmente em Jacob’s Ladder (Alucinações do passado no Brasil) de 1990. Assim como o filme, o jogo tenta questionar a saúde mental do personagem principal, com monstros bizarros, delírios e viagem entre dois mundos à parte (pelo menos em tese).  A história começa com Harry Mason, um homem viúvo, fazendo uma viagem de férias de verão com sua filha adotiva Cheryl. O destino é a pacata cidade de Silent Hill. No entanto, quando se aproximava da cidade pela autoestrada Harry sofre um acidente ao tentar desviar de uma mulher que cruzava a pista, perdendo a consciência. Ao acordar, percebe que sua filha, que estava dormindo no momento da colisão, não está mais ao seu lado. Harry parte então para procurá-la. No caminho, encontra uma cidade deserta, criaturas bizarras e neve (mesmo estando no verão). Encontra ainda algumas pessoas “normais”, mas qual a relação destas pessoas com o desaparecimento de sua filha e com a cidade não fica claro de imediato. Diferente dos Survival Horror anteriores, morrer não é a preocupação principal (de fato o jogo pode ser considerado fácil), mas sim entender o que se passa por trás do desaparecimento de Cheryl e qual sua conexão com a cidade e a antiga religião que nela existe.

Jogabilidade: a jogabilidade é muito parecida com a de Resident Evil, ou seja, direcional pra cima vai pra frente, para baixo vai pra trás e para os lados muda a direção do personagem. Contudo, a movimentação do personagem é diferente. Harry é meio “duro” e tende a fazer movimentos bizarros, especialmente quando se tenta mudar a direção de deslocamento correndo. Fugir dos inimigos (correndo) e entrar nas portas pode ser um problema. Outra diferença são as armas brancas, realmente úteis em Silent Hill. Após algum tempo de prática você usará armas de fogo apenas em chefes. A exploração do cenário é bem complexa, havendo uma série de salas em que você não encontra nada. Os cenários também não são lineares, havendo uma série de obstáculos (estradas quebradas, portas que não abrem, etc).

Pros: O clima de terror é muito forte, auxiliado por fatores como: trilha sonora (Akira Yamaoka) repleta de ruídos e sons metálicos; mundo alternativo; gráficos pobres, mas bem disfarçados pela clássica neblina que reduz muito a visibilidade; inimigos em formas até então incomuns, como médicos, enfermeiras e até crianças. O jogo permite explorar um amplo cenário de uma cidade, com livre movimentação. Diferente de Resident Evil 2 ou 3 em que é possível andar pela cidade em locais pré-determinados, em Silent Hill você pode andar quase que pela cidade toda, havendo uma série de locais opcionais, em que se vai apenas para pegar suprimentos ou achar pequenos textos. A história do jogo é bem complexa e os fatos não são claramente explicados ao jogador, sendo necessário muito raciocínio e dedição para entender exatamente o que se passa. Dessa forma, o jogo incentiva você a jogar muitas vezes, sendo que a cada vez você descobre ou se dá conta de uma informação nova. Os enigmas do jogo são um desafio à parte, muito mais difíceis que a maioria dos jogos de terror até hoje e provavelmente o mais difícil da época. Na verdade isso pode ser considerado um contra, dependendo do quanto você gosta de queimar seu cérebro por horas.

Contras: a jogabilidade, conforme já mencionado, pode ser um desafio.  O melhor final (Good+) exige que você pegue um item e o use em um local que não é muito lógico, sendo que a pista para usar o tal item é dada apenas após ser tarde demais para conseguir o final Good+. Dessa forma, imagino (posso estar errado) que a maioria do pessoal que jogou, assim como eu, não tirou o melhor final de cara e entre os que conseguiram, muitos o fizeram porque já sabiam como proceder. Claro, de novo tem o lado positivo de querer jogar o jogo mais de uma vez!

Screenshots











Trailer:
 


Considerações Finais: Silent Hill é um marco na história dos videogames, obrigatório para fãs de jogos e filmes de terror e muito divertido acima de tudo. Ele é tão clássico que é daqueles que os fãs decoram as frases usadas no jogo e as repetem incessantemente, mesmo quando não fazem muito sentido... by the way, have you seen a little girl, short, black hair...?


5 comentários:

  1. Excelente review Edu-jb! De fato tens razão no que disse no inicio do post. Apesar de Silent Hill atualmente não ser meu Survival Horror favorito, ainda acho que ele é de fato o mais complexo (me refiro a série como um todo). O terror psicológico que ele proporciona aos seus jogadores é certamente seu ponto forte. Sem duvida um grande de game, e acima de tudo um ícone para seu gênero! By the way, Keep up the good work, bro!

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  2. Valeu. Silent Hill é um dos games que mais me marcou. Várias cenas chocantes, incluindo talvez a pior de todos os games que já joguei (não posso comentar sem dar spoiler, mas quem jogou deve saber do que eu tô falando).

    É um grande prazer fazer parte do Pretty Cool Games. Sempre que possível vou postar sobre jogos que marcaram, positiva ou negativamente, hehehe...

    Abraço

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    1. Essa é a ideia! Não tem por que agradecer. Afinal, você foi um dos responsáveis por me colocar no mundo dos games desde que eu era piá. Então, uma hora ou outra eu ia te chamar! Seja bem vindo a equipe, bro (equipe de dois heheheheheheheh)!

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  3. Ótima review, como fã desse blog eu fico feliz em dar as boas vindas a vc Edu-jb. Silent Hill é de forma geral minha série favorita de survival, apesar de estar decepcionado com os que vieram depois do três. O primeiro é um classico, numa época em que não tinha acesso a ISOs pra baixar, não tinha centenas de jogos pra jogar, eu conseguia me dedicar bastante a um jogo, e Silent Hill virei do avesso, final Ufo e tudo... o dois é excellente, o Origins é ótimo, mas o três é perfeito, no mesmo nivel de Resident Evil 2 e 3. Abraços

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    1. Que bom que você gostou, Giovani. Realmente, Silent Hill é de outra geração, quando nos dedicávamos muito para zerar um jogo de todas as formas possíveis. Concordo com você também sobre os atuais, que decepcionam. O mais revoltante é o Shattered Memories que afinal contradiz a história do 1, pelo menos eu não consegui uma forma de unir eles. Em breve postaremos sobre os demais jogos desta genial série.

      Abraço e obrigado pelo comentário

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